DELSON UCHÔA APRESENTA SUA NOVA EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL “A PINTURA FALA PARA O OLHO QUE OUVE”
A exposição será na Galeria CESMAC de Arte Fernando Lopes que, ao longo desses quinze anos, consolida-se como um dos espaços culturais mais relevantes para exposição em Alagoas
Por Redação 3, com Assessoria CESMAC
Desde a sua fundação que a Galeria vem atuando como uma vitrine e assumiu um duplo compromisso: valorizar os artistas locais enquanto insere o Estado no circuito das artes visuais brasileiras, criando pontes entre o tradicional e o contemporâneo. Nesse tempo todo, o espaço tornou-se referência por promover exposições que mapeiam desde a arte popular até as vanguardas contemporâneas, fomentando o diálogo intergeracional entre mestres consagrados e novos talentos, bem como democratizando o acesso à arte com programações gratuitas e ações educativas.

DELSON UCHÔA APRESENTA SUA NOVA EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL “A PINTURA FALA PARA O OLHO QUE OUVE” (Foto: Divulgação)
Para comemorar este aniversário, a Galeria CESMAC de Arte apresenta e exposição de Delson Uchôa, com a exposição individual “A Pintura Fala para o Olho que Ouve”, sob curadoria de Flora Uchôa. A exposição percorre quatro décadas da trajetória do artista, desde os anos 1980 até obras atuais. Nesta exposição, o observador é convidado a decifrar os códigos visuais de um artista que inventa sua própria alquimia de materiais, materializando a luminosidade tropical em “corpos-pintura”.
A mostra oferece ao público a oportunidade de experienciar a evolução de uma das vozes mais originais da arte brasileira contemporânea. “Delson Uchôa é um artista excepcional e iniciou seus estudos artísticos na Fundação Pierre Chalita, paralelamente com o Curso de Medicina, onde formou-se em 1981, mergulhando nos fundamentos da pintura e buscou seu aprimoramento técnico e estético em uma viagem de estudos pela França, mantendo contato direto com grandes mestres da pintura europeia”, afirmou o Professor Douglas Apratto Tenório, vice-Reitor do Centro Universitário CESMAC.
SOBRE O ARTISTA
Ao retornar ao Brasil, residiu no Rio de Janeiro, onde se integrou ao efervescente cenário artístico dos anos 1980. Foi nesse período que Uchôa participou da icônica exposição “Como Vai Você, Geração 80?”, organizada por Marcus de Lontra Costa e Paulo Roberto Leal na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. A mostra, um marco na arte brasileira, reuniu os nomes mais inovadores da época e consolidou Uchôa como parte de uma geração que reinventou a pintura no país.
Nos anos 1980, Uchôa integrou o time de jovens talentos da Galeria Saramenha, onde realizou duas individuais marcantes (1985 e 1988). Jorge Guinle destacou em seus convites a singularidade de sua obra: “Seus trabalhos tencionam arquétipos e pessoalidades universal e regional, pop e kitsch”. Na década seguinte, chamou a atenção da Galeria Thomas Cohn (RJ), que adotou seu estilo “pop-neoconcreto”, marcado por grandes formatos, trompe-l’oeil e elementos visuais que dialogavam com a cultura popular nordestina. Lá, Uchôa realizou individuais em 1990 e 1993, firmando-se no circuito nacional.
Seu trabalho ganhou projeção nacional na XXIV Bienal de São Paulo (1998), integrando o Núcleo Histórico sob curadoria de Paulo Herkenhoff, que destacou: “Uchôa extrai a luminosidade e estridência cultural da cor do Nordeste”. Entre 2001 e 2003, Delson Uchôa consolidou seu lugar no cenário artístico nacional com uma série de conquistas marcantes. Em 2001, sua obra ganhou destaque nacional através de um documentário da TV Senac, que registrou o impressionante processo de instalação de suas monumentais pinturas “Catedral” (10m) e “Curral da Praia” (6m) no futuro Centro Cultural de Maceió, utilizando cabos de aço.
No ano seguinte, participouda prestigiada residência artística Faxinal das Artes no Paraná, onde conviveu com cem artistas de todo o país, fortalecendo sua conexão com o eixo sul-sudeste. O ápice desse período veio em 2003, quando foi convidado pelo crítico Aguinaldo Farias para expor na renomada Galeria Tomie Otake em São Paulo, ao lado dos consagrados pintores Caetano de Almeida e Cássio Michalany, em uma mostra que celebrou a diversidade da arte contemporânea brasileira. Em 2005, o artista alcançou novos marcos em sua carreira ao ocupar o MAMAM – Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, em Recife, com curadoria de Moacir dos Anjos.
No mesmo ano, teve duas obras incorporadas ao acervo do Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro, reforçando sua presença em coleções de prestígio nacional. Sua produção já integrava importantes acervos como o de Gilberto Chateaubriand (MAM-RJ), João Sattamini (MAC-Niterói), MAMAM-Recife e o painel encomendado pela Infraero para o Aeroporto Internacional de Maceió, confirmando seu lugar de destaque na arte contemporânea brasileira. Em 2025, o artista participou da SPArte e segue em exposiçãono novo espaço recém-inaugurado do MASP.
Abertura: 30 de abril de 2025, às 19h.
Local: Galeria CESMAC de Arte Fernando Lopes
Período de visitação: 30 de abril a 30 de junho de 2025.
Horário de Funcionamento: Das 9h às 12h e das 14h às 17h
Telefone: 3215-5094/5902/5086
E-mail: galeria@cesmac.edu.br