Após repercussão ruim, governo fecha medidas com Congresso sobre o IOF, mas só anunciará na semana que vem
Por Por Guilherme Mazui, Alexandro Martello, g1 — Brasília
Alta do imposto continua por enquanto, relatou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (3) que apresentou uma proposta para o Imposto sobre Operação Financeira (IOF) aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
A medida, no entanto, só será apresentada ao público na semana que vem, após ser compartilhada com líderes do Congresso, segundo Haddad. Até lá, a alta do IOF continua.
O ministro se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com Alcolumbre e Motta. O governo anunciou há 15 dias a alta no IOF para aumentar a arrecadação e atingir a meta fiscal do ano, mas isso repercutiu mal no Congresso.
Desde então, o governo tem buscado costurar uma alternativa.
“Hugo Motta deu 10 dias para apresentar uma resposta. Nós apresentamos uma resposta, na presença do presidente da República. Mas, ainda é preciso apresentar para os líderes”, contou Haddad.
Ele justificou que o governo precisa dos votos do Congresso. Havia um risco de que o decreto presidencial do IOF fosse derrubado por Câmara e Senado.
“Estamos avaliando a viabilidade e a pertinência das medidas. Estamos bastante seguros de que elas são justas e sustentáveis do ponto de vista macroeconômico”, ressaltou.
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Haddad — Foto: Reprodução
O ministro voltou a defender a alta do IOF:
Motta e Alcolumbre
Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), destacaram a importância de discutir medidas que busquem o equilíbrio das contas públicas de forma estruturante.
Alcolumbre frisou que não é possível derrubar o decreto do IOF sem antes avançar nesta discussão. “Não poderemos rever um decreto sem antes discutirmos uma agenda estruturante de país”, disse.
Os dois presidentes elogiaram a disposição do governo em dialogar com a Câmara e o Senado, o que inclui líderes de partidos que apoiam e fazem oposição a Lula.