Costureira de batinas do Papa Francisco desde antes dele assumir o posto, Graciela Meraviglio afirmou que ele não queria ser pontífice. “Meu relacionamento com ele começou com uma briga. Ele era uma pessoa que confrontava muito e que iniciava debates“, iniciou à CNN, em entrevista publicada na terça-feira (22).
Meraviglio relatou ter conhecido o papa por volta de 1990, com ele usando calças, clérgima e suéter. Após ela ter se apresentado contando que era alfaiate eclesiástica, Francisco respondeu: “Você? Esperei uma pessoa mais velha vir e fazer uma batina para mim. Mas por que você vai fazer uma batina para mim?”.
A costureira reforçou que precisava fazer a batina, mas o padre se recusava, a chamando de “cigana” e pontuando que nunca usaria batina e que não precisava disso.
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A profissional contou que fez para Francisco as batinas de monsenhor, cardeal e a de papa, mas que ele relutou quanto à última. “Elee discutia comigo e dizia: ‘não, não, eu não vou ser papa, eu não quero. Por que você quer que eu seja papa?’. ‘Eu não quero’. Eu disse a ele, ‘eu acho, eu tenho um pressentimento'”, relembrou.
“E bem, quando lhe deram um nome, e ficou conhecido no mundo inteiro que era ele, ele me ligou e disse: você não é mais uma cigana, você é uma bruxa agora, ele me disse”, acrescentou. Meraviglio disse, ainda, que Francisco afirmou que ela seria a única que poderia fazer as batinas porque conhecia os “defeitos” dele.