O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu adiar a sua viagem ao Chile para se reunir com o mandatário do país Gabriel Boric devido ao agravamento da catástrofe climática no Rio Grande do Sul. Lula planejava embarcar para o país vizinho na próxima quinta-feira, 16, e retornar ao Brasil no dia seguinte.
No último fim de semana, as chuvas voltaram a castigar o Rio Grande do Sul. O nível do rio Guaíba, em Porto Alegre, deve voltar a atingir níveis acima de 5 metros a partir de segunda-feira. Já o rio Taquari, que percorre o Vale do Taquari, subiu mais de sete metros em 24 horas e novamente ultrapassou a cota de inundação, neste domingo, em cidades como Lajeado e Estrela.
Chuvas registradas desde o final de abril no estado atingiram 85% das cidades gaúchas, deixaram 145 mortos e outros 132 desaparecidos. Auxiliares do presidente afirmam que há possibilidade de Lula retornar ao Rio Grande do Sul nesta semana para anunciar novas medidas de apoio ao estado.
No Itamaraty, a remarcação do encontro com Boric já era tratada como a decisão mais provável em meio ao agravamento do cenário provocado pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
Auxiliares do chanceler brasileiro lembram que a viagem de Lula a China em 2023 foi reagenda devido ao quadro de pneumonia leve do presidente e foi remarcada em questão de duas semanas. No caso do Chile, entendem que será viável remarcar um novo encontro, justamente porque a situação do Rio Grande do Sul é alarmante.