Cruzeiro dá “all in” na luta contra Série B após troca de técnico e ajustes logísticos

A principal medida foi a troca no comando técnico. Inicialmente, a diretoria deu indícios de que ficaria com Zé Ricardo até o fim do Campeonato Brasileiro. Mas a situação mudou com a derrota diante do Coritiba. A atuação ruim contra o time que está entre os piores da Série A foi determinante para o rebaixamento.

O clube ainda definirá o substituto para as seis rodadas finais, mas é consenso, desde o início das conversas que terminaram com a demissão de Zé Ricardo, que o mercado está escasso de opções. A aposta é de que um “fato novo” seja capaz de fazer o time retomar as boas atuações para conquistar os pontos necessários.

A troca de comando também ocorre na última semana livre do Cruzeiro na temporada. A partir do jogo contra o Fortaleza, serão seis jogos em 19 dias. Sendo que, daqui 10 dias, o time enfrentará o Vasco em um confronto direto contra a degola.

Outro fato que a diretoria considera importante para o momento da temporada é a possibilidade de realizar uma espécie de “intertemporada” fora de Belo Horizonte, nesta semana, em preparação para o jogo contra o Fortaleza, no sábado.

Em caso de confirmação, o destino mais provável é Itu, no interior de São Paulo. Além de evitar possíveis problemas na Toca da Raposa, após ameaças da torcida organizada no CT e a invasão ao campo na Vila Capanema, a medida é vista como importante no intuito de manter o elenco concentrado para os jogos finais do Brasileiro.

Com os treinamentos fora da Toca da Raposa, os jogadores terão a oportunidade também de um regime de concentração estendido, uma vez que ficarão juntos em um hotel no decorrer da semana. Isso também dá mais tempo para assimilação das ideias do novo técnico – ainda que seja o interino Fernando Seabra – e maior contato com a psicóloga Maíra Ruas.

A situação que envolve o clube fora do campo foi alterada já para a partida contra o Coritiba, começando pela viagem. Por uma questão de logística, a diretoria optou por investir em um voo fretado – o que não ocorreu na totalidade do Campeonato Brasileiro – e viajar dois dias antes do confronto, realizando o treino final na cidade do jogo.

A delegação do Cruzeiro na capital paranaense também estava mais “recheada” do que de costume. Segundo apurou o ge, cerca de 60 pessoas do clube estiveram acompanhando o fim da preparação e também o jogo em Curitiba.

Em relação à diretoria, as novidades na delegação presente no estádio foram Ronaldo e Paulo André, que é braço direito de Fenômeno da holding que administra o Cruzeiro e o Valladolid. O ex-atacante, inclusive, foi à Vila Capanema no mesmo ônibus que jogadores e comissão técnica, chegando ao estádio cerca de duas horas antes da partida.

Outra peça que esteve presente na delegação em Curitiba foi o volante Ramiro, que está lesionado e voltará a combate apenas em 2024. A decisão dele em viajar teve participação também da comissão e da diretoria, diante do papel de liderança do jogador no elenco.

A viagem em voo fretado foi importante para o retorno do Cruzeiro e Belo Horizonte logo após a partida, acelerando até o mesmo o processo que culminou no desligamento de Zé Ricardo, a partir de reuniões na Toca da Raposa desde a manhã de domingo.